1º lugar
Concurso Nacional Praça Central de Guaratuba
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Etapa:
Executado
Equipe:
bloco B + Desterro Arquitetos + Giz de Terra Paisagismo
Arthur Eduardo Becker Lins, Camilla Sbeghen Ghisleni, Felipe Cemin Finger, Gabriela Fernandes Fávero, Julia de Faveri, Laura Rotter Schimdt e Vitor Sadowski.
Local:
Guaratuba/PR
2017
Um estuário que se encaixa no vasto território de floresta atlântica ao longo da planície costeira do litoral paranaense. Entre a Baía de Babitonga, Baía de Paranaguá e a encosta leste escarpada da Serra do Mar, soma-se a Baía de Guaratuba em um dos maiores complexos estuarinos do mundo. O patrimônio paisagístico local direciona a organização espacial e a relação entre paisagem natural e construída, entre a memória e novas possibilidades de ocupação. Desvendar a história da Praça Central é como contar a história de Guaratuba e os diferentes períodos da relação entre água, cidade e conformação do espaço urbano. As ruas de traçado ortogonal, desenhadas regularmente entre as águas da baía e o mar atlântico, evidenciam o caráter histórico local, já pouco expressivo através das suas edificações.
A premissa de integração entre mar, cidade, praça e a Baía de Guaratuba, resulta em um desenho que prioriza o pedestre, a acessibilidade universal e restrição ao automóvel, estimulando o uso da bicicleta através de ciclofaixas e vias compartilhadas.
Todo o entorno da praça está no nível do pedestre, configurando as vias como zona 30 - o que amplia a área útil da praça sem comprometer o fluxo de veículos. Uma modulação de 2,5x5m ao mesmo tempo em que viabiliza regularidade e racionalidade construtiva, permite criar espaços dinâmicos [estares urbanos] intercalando os tipos de pavimentação e canteiros.
Os fluxos e conexões e a vegetação preexistente determinam o critério de locação dos estares, mobiliários, espaço infantil, jogos. Um largo se forma em frente à Igreja, para valorizar o patrimônio tombado e direcionar o olhar ao caminho que leva à Baía. A modulação proposta permite ainda a construção da praça em etapas, além de viabilizar a realização da Festa do Divino. Surge uma nova Praça, que possa ser chamada de fato como Central.