Concurso
Sede CAU/SC
Concurso nacional de projeto de reforma para a nova sede do CAU/SC, localizado na Rio Branco em Florianópolis/SC.
Premiação:
2o lugar
Equipe:
bloco B
Local:
Florianópolis/SC
2023
A partir da iniciativa do CAU/SC de ressignifi car um edifício existente no centro da cidade de Florianópolis, a proposta tem como pressuposto refl etir sobre as futuras dinâmicas urbanas e os
caminhos da profi ssão. O projeto ambienta o edifício ao uso e a linguagem contemporânea, propondo diálogos entre arquitetos e sociedade, passado e futuro. O gesto mentor de
criar uma rua que adentra o edifício fortalece a missão de uma instituição que está a serviço das pessoas, acolhendo e direcionando os visitantes. Esse percurso se inicia na rampa de entrada, a qual democratiza a chegada e enquadra o acesso desde a rua. A partir dela, encontros e trocas são fomentados e irradiados para a ágora frontal, para a praça interna no térreo, para os
pequenos espaços de descompressão espalhados na fachada e para o novo terraço que coroa o edifício. Essas inúmeras possibilidades de apropriação tecem a proposta colocando o usuário
em primeiro plano ao oferecer espaços confortáveis e acolhedores que priorizam a sustentabilidade e incorporam noções contemporâneas como a biofi lia. Os novos espaços foram viabilizados por meio de uma estrutura metálica ora sobreposta na fachada, ora arraigada ao volume existente no térreo e na cobertura, respeitando o passado, mas olhando para o futuro.
1. O projeto partiu da análise e
compreensão do edifício Diva procurando
tirar partido das potencialidades
estruturais e normativas existentes. Como
um dos elementos marcantes identifi couse
a conformação ritmada dos pilares e
esquadrias e também as possibilidades
de expansão tanto em direção à rua
quanto em direção ao céu.
2. Dois volumes retangulares são
propostos no térreo. O primeiro abriga
as funções técnicas, sanitárias e de
circulação; o segundo expande a área
da plenária e de exposições em direção
a praça frontal, criando um gesto de
comunicação entre o CAU e os habitantes
da cidade.
A disposição dos volumes cria
uma rua central que convida o pedestre
a entrar e encontrar a segunda praça,
localizada nos fundos e aberta para os
recuos do edifício.
4. Um novo pavimento é proposto
no edifício. O terraço abriga o espaço
destinado aos funcionários - copa e
vestiários- e também o solário, que
possui ligação direta com o auditório no
andar inferior. Trata-se de uma praça
suspensa e aberta, mas coberta por uma
estrutura metálica leve que, além de ser
um lugar de respiro no centro da cidade,
proporciona o contato com o céu e com
outros visuais da cidade.
5. O que une as três esferas
propostas - térreo, fachada e cobertura-,
além da linguagem leve e contemporânea,
são as atmosferas criadas. Todos
esses espaços proporcionam, além das
inúmeras possibilidades de encontros
e trocas entre as pessoas que circulam
pelo edifício, o constante contato com a
cidade, com o sol, com as plantas, com o
vento e com a paisagem circundante.
3. A pele proposta na fachada,
além da função de conforto ambiental,
expande a área útil dos andares, criando
pequenas praças de descompressão. A
estrutura possibilita manter a unidade
do formato original do edifício apesar
da ampliação da escada de incêndio,
mas reinventa o ritmo vertical da
fachada original, abrindo espaço para
uma linguagem contemporânea sem
apagar a sua história.
PLANTAS BAIXAS
IMAGENS