Concurso de projeto arquitetônico para a sede do CAU/TO.
​
Etapa:
Anteprojeto
Equipe:
bloco B + Luiza Coqueiro
Colaboradora:
Fernanda Nunes
Local:
Palmas/TO.
​
2018
A terra é domesticada e se faz edificação. Empilhando-se na regularidade geométrica, o tijolo cerâmico materializa o seu entorno. As entranhas argilosas do terreno são transformadas, então, em volume tridimensional que dá corpo à edificação e abriga o programa solicitado.
​
O tijolo, como elemento principal, oscila entre a solidez da massa criada pelo conjunto e a expressão individual da pequena peça que dramatiza o efeito tectônico apresentado pela repetição. O pequeno transformado em grande.
​
Durante o dia a discreta luz solar penetra nos pequenos orifícios, criado um jogo de luz e sombra como uma tela de projeção que muda com o passar das horas. À noite, por sua vez, os poros terrosos expelem a luz de dentro para fora, criando o efeito contrário.
Desde a rua, o transeunte é conduzido até a lateral esquerda da edificação, onde encontra a praça de entrada coberta por uma estrutura metálica com vidro serigrafado que diminui o ganho solar sem reter a iluminação.
​
A edificação se fecha para o clima hostil da cidade e se abre para um microclima interior facilitado por meio da relação “núcleo – envoltório” que foi criada. A pele externa, feita em tijolos, envolve o edifício alternando a paginação das peças de acordo com a orientação solar de cada fachada, trabalhando o primitivo da cerâmica com a sofisticada trama estrutural. Uma verticalidade rítmica que dialoga esteticamente com a condição térmica da região.